quarta-feira, 2 de março de 2016

Confessionário

Domando o indomável
Engolindo seco o choro desesperado
A angústia invade a alma em estado de putrefação
Lágrimas pegam carona com a água do chuveiro
Banheiro, um confessionário
Chuveiro, pulo do penhasco
Grito que não cala
Tristeza que não cessa
Medo, muito medo
Coração assassinado
Acreditar em quê?
Os braços que afagaram também me apunhalaram
Quem há de ser honesto?
Não há nada mais plácida do que uma linda alma
Não há nada mais sinistro do que um belo
e enganoso sorriso.

Um comentário:

  1. Nada como estar só; em momentos de confissão.
    É ainda melhor do que dar as mãos a alguém e pular do tal penhasco.

    Lenny Kravitz

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