segunda-feira, 5 de agosto de 2013

1º EU.

Primeira pessoa do singular. Na escala de pronomes pessoais, nem sei se posso assim dizer, tenho ficado no topo, em primeiríssimo lugar. Quem nunca esteve nesta posição? Talvez por motivos sérios, duros e profundos que a vida nos trouxe você e eu queiramos estar ali, no topo, almejando ser vistos, querendo ser tocados, ansiando ser amados. Quanta necessidade! Nesse momento não percebemos a necessidade que temos do contato com Deus e então buscamos em meio a essa confusão verbal um sentido novo, algo que nos supra, algo que nos faça nem que seja por alguns momentos esquecer esse buraco incoerente em que nos deparamos. E então por estarmos metidos nesse turbilhão de palavras complicadas (dentre elas, uma que se chama: vida), a única frase em que nos encaixamos melhor acaba ficando sempre lá no topo, aquela de primeira pessoa: "Eu preciso disso", "Eu quero aquilo", "Eu", "Eu"... "EU". Não que Deus não olhe para a minha necessidade, não que Ele não olhe para a sua necessidade, mas é aí onde ocorre a falha de percepção espiritual. Então creio que a frase mais coerente seria
esta: "Deus olha para a sua real necessidade". O Senhor se interessa completamente por nós, eu ainda creio muito nisso, embora muitas vezes não pareça. Mas o que de fato Ele anseia é por um contato de amor conosco e não de interesses ou troca de favores. Ele dá de fato uma real importância à necessidade e não a futilidades. Ele deve sim olhar com um jeitinho diferente e cheio de carinho para relacionamentos que têm como base o amor e não interesses pessoais, que têm aquele nobre interesse coletivo. Espero que minha percepção espiritual volte ao normal... espero (mesmo) que a sua também, porque eu sei que lá no fundo o meu maior desejo é voltar para aquela velha 'primeira' e 'terceira' pessoa do plural... aquelas que algumas vezes até me incluem, mas também incluem o outro e outros e outros tantos mais! Que o "NÓS" e "ELES"  sejam presentes em minha vida como antes. Que a terceira pessoa do singular: "ELE" seja a razão real da minha saída do topo. E que Ele, como o verbo principal que é (João 1:1), volte a ter total liberdade e autoridade sobre a minha vida. 

"Porque Dele, por Ele e para Ele são todas as coisas.
 A Ele seja a glória para sempre
 Amém."  (Romanos 11:36)

domingo, 31 de março de 2013

Cabo de guerra

Luzes apagadas, pulsação alterada, respiração ofegante, olhos lacrimejando, coração apertado e ao mesmo tempo se sentindo totalmente livre. E dentro de mim ecoa uma voz, uma que se parece com uma canção....aquela velha canção. E dentro de mim os entulhos começam a querer se mover, começam a querer sair do lugar. E dentro de mim escorre o choro, a saudade e a lembrança do que me levou a seguir uma vida com propósitos ao lado Daquele que me amou antes mesmo de eu imaginar existir. A disputa do cabo de guerra começa: eu de um lado e eu mesma do outro. A Germana com marcas versus a Germana com convicções eternas. O choro continua, mas a vontade de vencer a disputa de questionamentos é maior do que tudo o que me cerca. O cabo de guerra dá lugar às marcas e o meu corpo começa a sentir as dores e lembrar dos maus tratos, mas no mesmo instante a convicção eterna começa a se levantar, a se limpar da rasteira e se recupera...e puxa o cabo de guerra com todas as forças que lhe restam. Dominei por completo a competição, eu, a Germana com convicções eternas, mas me dei conta que a música tinha acabado...as luzes tinham acendido. 'É, acabou a brincadeira, acabou a disputa, disse inconsolável pra o meu coração.' 'Logo agora, logo no momento em que eu ia desvendar o meu próprio mistério, descobrir o porquê de tudo continuar bagunçado e sem sentido em minha cabeça!' 'Droga.' Puro engano. Arregalei meus olhos para os focos de luz e percebi que a brincadeira séria continuara dentro de mim. Não contei conversa. Como uma
boa vencedora dei a mão em respeito e consideração à minha oponente e tentei ajudá-la a levantar com o que de melhor e mais precioso eu tenho: a cura santa do Meu Salvador.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Essa tão falada fé

Estou cansada. E me parece que sempre vivi dessa forma. Nem sei ao certo como escrever, como me expressar. Só sei dizer hoje que o que ocorre dentro de mim se resume a mal-estar. Um mal-estar de não estar bem comigo mesma, uma agonia que invade minh'alma e grita, grita...grita muito cheia de questionamentos e revolta. Hoje revelei-me como alguém mau, alguém usufruindo da sua essência pecaminosa por completo. E não me sinto mal por isso, não mesmo. Pra onde tem me levado essa tão falada fé? Por muitos anos fui como um zumbi? Será que foi preciso um tiro pelas costas pra que eu voltasse a ter sã consciência das coisas? Mas que espécie de fé foi essa que vivi? Pergunto-me sem cessar hoje. Aonde está a mão do Senhor? Por qual motivo vejo os meus 'inimigos' triunfarem? Palavras e promessas já não me enganam mais. Vivi por vários anos crendo, sonhando, me jogando por completo, espiritualizando tudo ao meu redor. Que tola eu fui. Se grandes coisas estão por vir, prefiro sentar, deitar, cochilar acordar e presenciar. Preciso ver para crer. Prefiro também não esconder o que consome o meu ser, prefiro não não ter papas na língua com o Deus de Israel. Irreverente, eu? Não creio. Creio que Ele tem escutado bem mais àqueles que' rasgam' o verbo e o coração diante da Sua presença. Vomito tudo que me faz mal hoje na pequena e singela esperança de que esse mal seja sanado, tratado no amanhã.




E que haja fé, mas repleta de bom senso.