sábado, 14 de abril de 2012

Eu e o meu Getsêmani.

Me sinto lá... naquele lugar. Tenho uma enorme facilidade de projetar imagens em minha mente. Visualizei o jardim, visualizei o Getsêmani. Vejo Jesus naquele contexto de dor, abandono, angústia, humanidade, medo, pressão. Ali no Monte das Oliveiras Ele foi pressionado, suas emoções foram literalmente esmagadas, sua humanidade sentida à flor da pele. Hoje sinto-me no Getsêmani, não pela histórica causa de Jesus, que sofreu aqueles momentos porque as trevas estavam em contagem regressiva para receberem A Luz. Meu Getsêmani hoje é por uma causa que me contorce por dentro, que me esmaga e me faz tirar lágrimas dos olhos. "Prensa de azeite", é isso que Getsêmani significa. Esse azeite é pressionado de todos os lados até que se retire o seu suco. Fiquei maravilhada ao descobrir isso. Deus tem me moído nesse jardim, me esmagado, me quebrado. Há uma profunda dor em meio a inexplicável paz que me invade. Algo foi arrancado de mim, mas em seu lugar foi injetada essa paz que excede todo o entendimento. É isso que tenho passado no meu jardim: dor recheada de paz, choro acompanhado de esperança, perda acompanhada de lucro. Não sei quando o suco estará preparado para ser servido, realmente não sei. Apenas sinto hoje essa prensa que incomoda, mas que tem um alto padrão de qualidade no final. Me sinto sozinha no meu jardim. Ninguém sabe a dor que Jesus sentiu ali sem seus amigos, sem seus discípulos. Ninguém sabe a dor que tenho sentido. Mas que seja a feita a Tua vontade e não a minha! Que meus dias de lutas um dia se transformem em dias de glória, porque foi por amor a Ti que dei o que pra mim era ganho como perda.

Por: Germana Diniz

Salmos 23:1